A morte do tricampeão


Foi em negra pista,

de triste memória,

que o cruel destino

converteu em luto

um dia de glória.


Num momento infausto,

foi traído e morto

pelo companheiro

que levou seu nome

ao planeta inteiro.


Ignorou o limite

e as leis da máquina,

servil mas solerte,

que despedaçou-se

contra um muro inerte.


Fica no ar, imóvel,

a interrogação:

foi o frágil bólido

ou seu comandante

que falhou à missão?


No atro chão da arena,

entre olhos atônitos,

jaz o corpo exânime

do bom lutador.


Na face da Terra

borbulharam lágrimas

de tristeza e dor.


Domingos Paschoal Cegalla

Rio, 05/08/94

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