As palavras

 
As palavras dormem seu sono profundo
como pedras no seio das montanhas.
Desperta-as e constrói com elas
a tua torre, bela e inabalável,
que até os furacões respeitem,
quando ruge, em redor,
a tormenta implacável.
 
As palavras dormem nos jardins do sonho,
como sidéricas jazidas
no regaço dos morros.
Desperta-as e faze com elas
não armas mortíferas,
instrumentos de dor,
mas cordas de harpas
que o brando vento vibre
cantando canções de amor.
 
Domingos Paschoal Cegalla
 
Esse poema eu achei na Nova Minigramática da Língua Portuguesa, não está em nenhum de seus livros de poemas.

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